Mas, afinal como definir o que é o Bullyng?
Hoje vou tocar num tema quiçá melindroso , porque sou “abelhuda”
e “atrevida”, com o tema que vou falar/escrever como outros tantos.
Vejo, leio, troco opiniões, procuro, converso, porque a mim tudo me interessa, enfim vou por aí fora e por norma são temas Sociais
e Políticos onde eu gosto muito de meter “o nariz”.
Permitam-me falar sobre “Bullyng! Bullyng? Ah, pois o Bullyng!!!!!
E porque é que eu hoje vou falar nisto? Pelo simples motivo
que constacto que muitas pessoas
demonstram um entendimento que eu não percebo bem se é equivocado ou se é
verdadeiro, não estou aqui para dar opiniões assertivas, quem sou eu para fazer
uma coisa dessas mas. sim principalmente
para fazer algumas perguntas, tirar dúvidas e ao mesmo tempo constactar factos,
acerca da livre manifestação de pensamento e não só a actuação de pessoas
perante varias situações das quais eu também considero Bullyng? Ou o Bullyng é
só nas escolas? Olhem que não !!!!! ( onde é que eu já ouvi isto? )
.
Por exemplo. Se uma colega da sua filha lhe chama gorda, burra,
( ou pouco esperta) que tem umas orelhas grandes, branquelas, diz-lhes obscenidades
e demais adjectivos etc etc de um modo
recorrente, isso é “bullying”. Mas se um politico, ( são vàrias as vezes que os
políticos se ofendem ) ou lemos na
Comunicação Social um colunista ou um jornalista chamar nomes ou serem impedidos de
dizer certas “coisas” ou escreverem e falar acerca de certos assuntos em crónica
de jornal, qual o nome que damos? Liberdade
de Expressão.
Estes actos geralmente são feitos contra alguém que não se consegue
defender ou não pode, e também por vezes nem entende os motivos que levam à tal agressão física
ou verbal. Normalmente, a vítima teme os agressores, seja por causa da sua
aparente superioridade física ou pela intimidação e influência que exercem
sobre o meio social em que está inserido.
Tambem pode ser praticado em qualquer ambiente, como na rua,
na escola, na igreja, em clubes, no trabalho e etc. Muitas vezes é praticado
por pessoas dentro da própria casa da vítima, ou seja, pelos seus próprios
familiares.
Então qual o nome que damos a estes actos? violência
domestica, violação ou simplesmente violência ….. não é Bullyng também?
Cito:
( …) Bullying é a prática de actos violentos, intencionais e
repetidos, contra uma pessoa indefesa, que podem causar danos físicos e psicológicos
às vítimas. O termo surgiu a partir do inglês bully, palavra que significa
tirano, brigão ou valentão, na tradução para o português. Como o acto de , tocar, bater, socar, gozar,
tripudiar, ridicularizar, colocar apelidos humilhantes etc etc. Essas são as
práticas mais comuns do acto de praticar bullying. A violência é praticada por
um ou mais indivíduos, com o objectivo de intimidar, humilhar ou agredir
fisicamente a vítima mais fraca.
Continuando:
Bullying na escola
“Uma das formas também comuns de bullying é o que acontece no
ambiente escolar. Em quase todos os Países do mundo, o bullying na escola é um
problema crónico.
As formas de agressão entre os alunos são das mais variadas
e podem acontecer em quase todos os níveis da fase escolar, desde o primário até
os últimos anos do ensino médio.. Atrapalha a aprendizagem do aluno, além de
afectar o seu comportamento fora da escola, segundo os psicólogos.
Os pais e professores devem estar atentos às atitudes de
seus filhos e alunos, principalmente em alterações de comportamento, hematomas
no corpo e demais situações que pareçam fora do comum. “
Então em que ficamos? pergunto eu; não é tudo a mesma coisa?
Afinal o Bullyng não é só nas escolas, como podemos constactar.
Mais um rotulo quase
que jurava que se deu à palavra. Institucionalizou-se Bullyng /escolas, mais um
estigma, ou estarei enganada?
Bullyng, liberdade de
expressão, violência domestica ou sem ser domestica , não acaba por ser tudo a
mesma coisa?
Só gostava de ponderar acerca deste”direito”ou “ (des) direito” tão
importante para as bases democráticas,
mas completamente avassalador e destrutivo ou destruidor psicologicamente
quando os seus limites são exorbitados para todas estas acções que refiro mais
acima.
Muitas vezes penso que a liberdade de expressão e não só a de expressão é absoluta. Essa
liberdade, assim como todos os outros direitos, é relativa. Precisa de estar
inserida num contexto social, com várias outras garantias que a lei dá ao
indivíduo.
É urgente ainda nesta altura que muitas mentes “enxerguem” que aquilo que se
pensa, é algo nosso. Inerente a nós e isso é indiferente à sociedade. A partir
do momento em que alguém manifesta o seu pensamento ou /e aplica ele terá
repercussão em dado local, num determinado período de tempo e, se ferir aos direitos de terceiros, teremos que colocar na
balança o que vale mais: o seu direito de dizer ou fazer ou o direito de ofender
a vitima. Claro que ninguém, que mata, bate e esfola, pensa nisto. A sociedade
estabelece leis para que possamos aferir o que é mais importante. É obrigatório
que se apliquem.
E agora só dois pequenos exemplos relativos às atitudes que possam tomar que parece não ter nada a ver com
este tem…
Primeiro exemplo: não sou religiosa. Direito meu. Mas se eu
me puser a ridicularizar esse outro que é religioso, sei que vou ferir
intimamente a outra pessoa. E essa pessoa possui, assegurado
constitucionalmente, o direito ao livre exercício de poder praticar a sua
religião, de modo a garantir que sua crença não seja um motivo de “escárnio”.
Se eu fizer uma coisa dessas posso estará
infringir uma lei.
Outro exemplo, eu posso achar que, por exemplo, os políticos são aldrabões. Posso achar (veja-se
que pensamento vulgar…. ) que o padre da minha aldeia é pedófilo. Mas se eu o disser, assim mesmo:
genericamente, incorro em crime tanto de injúria quanto de calúnia. Se qualquer
político ou padre se ofender (seguindo com o exemplo acima mencionado), eu
posso vir a responde por esses crimes.
Finalmente onde eu queria chegar é que com nomes diferentes
todos são crimes mas com rótulos diferentes… e continuo na minha tudo é Bullyng …. verdade?
Agora resumindo e deixando estas minhas dúvidas à vossa
consideração …. não interessa nada se quem achincalha, ofende, agride ou
calunia sou eu, uma criança que estuda
com a minha filha ou se é um jornalista de uma grande revista ou jornal.
Ninguém tem o direito de usar o verbo para humilhar e ofender gratuitamente,
movido pelo preconceito, pela necessidade de hierarquizar o ser humano, de
colocar o outro num patamar inferior ao seu (ou aos seus). Afinal, assim como
os indivíduos coexistem e devem conviver harmonicamente, assim também a “integralidade”
de todos os nossos direitos, e não apenas o direito à liberdade de expressão,
deve ser respeitados.
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