Podemos dizer, sem
equívoco, que nesta vida existem, geralmente, dois tipos de pessoas:
· Aquelas que interiorizam
a sua dor emocional e lá se vão controlando no dia a dia com valentia e superação
pessoal. São personalidades que não se deixam vencer e que
mantêm as suas cicatrizes, sabendo que são parte de suas vivências e do que
aprenderam.
· Por outro lado, há
aquelas outras pessoas que
fizeram da sua dor emocional a sua amargura pessoal. Se sentem
tão feridas que provocam mal estar a quem se encontra à sua volta. Deixam de
confiar em si mesmas e nos outros e encaram o dia a dia com negativismo.
A dor emocional é sempre
essa ferida interna que, se não for gerida de forma adequada, pode se traduzir,
por sua vez, em doenças. É o que se “somatizar”, ou seja, quando um problema emocional nos supera, todo o nosso
organismo sofre as consequências até ao ponto de sentir
certos sintomas.
As mais comuns segundo
sei:
Enxaquecas, problemas
musculoesqueléticos, dores de estômago, problemas digestivos, insónias, ansiedade,tonturas
e agonias …
Todos nós, de alguma forma, já vivemos esses
momentos difíceis em que o sofrimento passa do pensamento e do mundo emocional
para o nosso corpo.
É inevitável que assim
seja, mas isso não significa que devemos nos render a esse mal estar
emocional. A vida segue seu
curso e nós merecemos continuar respirando, continuar com a
ilusão da esperança.
E como gerir a dor emocional? Temos o direito de chorar e sentir raiva, porque somos
pessoas e, como tal, necessitamos de canalizar as nossas emoções. Não gosto que me digam: não chores,
olhe para frente e esquece tudo, faz
como se nada tivesse acontecido…
Desde quando temos de
virar a cara aos que nos fazem mal? Nunca. Deve-se olhar o “inimigo” do momento
cara a cara, compreendê-lo e saber porque nos está a prejudicar, se se
conseguir…... Para mim para fechar um assunto necessito de “entender, compreender” e não fugir,
mas isso é se conseguir, não conseguindo no momento nem que seja daqui a 5, 10 anos
eu vou saber e entender o porquê de certas atitudes.
Chorar é algo necessário, higiénico e saudável. Assim como sentir
raiva e irritação. Tudo isso tem um nome desabafo emocional e, como tal, deve ser vivido durante
um curto período de tempo, tentamos que assim seja, principalmente para quem
consegue…..
Quem não consegue desabafar
não “descarrega” e isso, a longo prazo, traz consequências.
Todos temos o direito
de nos priorizar , não só temos o direito de nos priorizar, como também é nossa obrigação permitir-nos aquilo que queremos e necessitamos.
o
È preciso tempo? Damos umas semanas para nós mesmas.
o
Gostamos de nos sentirmos úteis? Tomemos as nossas próprias decisões e definamos os novos objectivos que nos motivam.
o
Queremos ser felizes? De certeza que existem coisas no nosso dia a
dia que devemos e podemos deixar para trás. Porque, o momento de reflectir e
tomar decisões.
Como já se
encontrou consigo mesma e agora que já viveu, já teve algumas experiências, que já fez
as suas aprendizagens e que já viveu a dor emocional de várias maneiras, é o momento de se “reinventar”.
o Então, paremos para pensar e façamos a pergunta a nós
próprios que pessoa gostaríamos de ser: Alguém mais forte? Mais seguro? Alguém
capaz de alcançar os nossos sonhos?
o Para nos reinventar,
necessitamos de alimentar novas esperanças e ilusões. Nunca é tarde para fazer
mudanças, para pegar de novo esse comboio que um dia deixamos passar. Falo por
experiência própria.
o Temos de nos rodear de pessoas que favoreçam o nosso crescimento
pessoal, que nos ajudem e que não levantem obstáculos à nossa identidade
ou autoestima.
A dor emocional se
supera com novas ilusões, com novos alentos e esperanças. São feridas internas
que cicatrizarão
pouco a pouco e que a cada dia doem um pouco menos. Teremos
esperança que assim seja……..
O desabafo emocional deve ser pontual e para quem conseguir
deveria levar muito pouco tempo a passar, isto é o que eu penso, não quero
dizer que o consiga fazer e sentir.
Se passarmos muito tempo a deixarmos levarmos-nos
pelas emoções negativas, corremos o
risco de cair em depressão; jamais,
jamais ( se ainda não a tem ). E quando assim acontece chegou a hora de pensar em procurar ajuda.
Vamos tentar ultrapassar em nome da nossa paz
de espírito e do nosso coração principalmente, certas querelas, porque só temos
uma vida….. falar é fácil agora pôr tudo isto em prática , não é fácil. Como
tenho dito sempre na Psicologia Positiva
a coisa que para mim não encaixa é a palavra perdão. E cá está ela a
atormentar-me ….
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