terça-feira, 14 de setembro de 2010

Meninos de todas as cores ...

Era uma vez um menino branco chamado Miguel que vivia numa terra de meninos brancos e dizia:
É bom ser branco,
porque o açúcar é branco e é muito doce,
porque o leite é branco e tão saboroso,
e como a neve que é tão linda !!
Mas certo dia, o menino vez uma grande viagem e chegou a uma terra onde os meninos eram todos amarelos. Arranjou uma amiga chamada Flor de Lótus e então a menina dizia::
É bom ser amarelo,
porque o sol é amarelo
e o girassol, e também a
areia da praia.
O menino branco, meteu-se num barco e continuou a viagem e foi parar a uma terra onde todos os meninos eram pretos. Fez-se amigo, de um menino chamado Lumumba que, como os outros meninos dizia::
É bom ser preto,
como a noite,
preto como as azeitonas,
preto como as estradas que nos levam
para toda a parte.
O menino branco, entrou depois num avião que só parou numa terra onde todos os meninos eram vermelhos. Escolheu para brincar aos índios um menino chamado Pena de Águia e o menino dizia:
É bom ser vermelho, da cor das fogueiras,
da cor das cerejas
e da cor do sangue bem encarnado.
O menino branco foi correndo mundo, e foi parar a uma terra, onde todos os meninos eram castanhos. Aí fazia corridas de camelos, com um menino chamado Ali-Bábá que também dizia:
É bom ser castanho,
como a terra do chão,
os troncos das árvores
e como o chocolate ...
Quando o menino voltou à sua terra de meninos brancos logo disse:

É bom ser branco como o açúcar,
amarelo como o sol,
preto como as estradas
vermelho como as fogueiras,
e castanho da cor do chocolate!

e, enquanto na escola, os meninos pintavam em folhas brancas, desenhos de meninos brancos, eles fazia grandes rodas com meninos sorridentes de todas as cores ...

Concluindo; a diferença na igualdade de se ser humano e como ser diferente, não significa ser mais ou menos importante, o que interessa sim, são os valores o gostar e respeitar as pessoas independentemente da cor da pele, ser gordo ou magro, alto ou baixo.
E segundo penso a virtude está na diversidade ...
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Conto de Luisa Ducla Soares in "Meninos de todas as cores" / 2003

















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