terça-feira, 14 de agosto de 2018

É preciso aprender a parar de insistir naquilo que não é para nós. (...)











É preciso aprender a parar de insistir naquilo que não é para nós. É preciso aprender a aceitar que desejar muito alguma coisa não garante que ela seja nossa. É preciso aprender a sair de cena quando tudo já foi dito, esclarecido, colocado em pratos limpos e não há mais lugar para nós naquela história.

Da soma de todos os afetos saiu este texto …
Coco Chanel era uma mulher muito elegante, não somente na forma de se vestir, mas também no comportamento. De origem pobre, órfã de mãe desde a infância, iniciou sua carreira com uma pequena chapelaria e posteriormente conquistou o mundo da moda com seu estilo clássico, inovador e muito sofisticado. Porém, muito além de ser um ícone da alta costura, essa mulher cheia de atitude revolucionou os costumes da época, e se tornou símbolo de coragem, resistência e liberdade feminina. Pesquisando sobre essa grande mulher,  deparei-me com uma das frases atribuídas a ela, e encantei-me profundamente, pois exprime sua personalidade independente e muito refinada:
 “A mulher tem que saber a hora exata de sair de cena. Mesmo que essa hora seja muito dolorosa”.
Sem duvida alguma, saber a hora de sair de cena é um dos conhecimentos mais importantes que se pode ter, e demonstra bom senso, amor próprio, coragem, independência, liberdade e autonomia. Nem sempre é fácil ou óbvio perceber que o nosso tempo chegou ao fim. Nem sempre conseguimos assimilar ou acreditar que aquilo que queríamos tanto, não está reservado para nós. Nem sempre conseguimos abrir mão de nossos sonhos, planos, desejos e expectativas numa boa, mesmo que nossa hora tenha passado, e, saber sair de cena, mesmo que isso cause muita dor, é algo que não nos ensinam, mas que precisamos de estar sempre atentas.
É preciso aprender a parar de insistir naquilo que não é para nós. É preciso aprender a aceitar que desejar muito alguma coisa não garante que ela seja nossa. É preciso aprender a sair de cena quando tudo já foi dito, esclarecido, colocado em pratos limpos e não há mais sítio naquela história. É preciso aprender a aceitar as frustrações, os desejos desfeitos, a necessidade de fazer as malas e partir…..
Ser elegante no comportamento é ter bom senso. Bom senso na hora de falar, de calar, de nos expressar com extroversão ou discrição. Mas, principalmente, bom senso na hora de perceber onde estamos e se já estamos sobrando; ter  bom senso de sairmos à francesa de lugares onde não cabemos mais.
Sair de cena quando tudo o que  queríamos  é que a história não tivesse fim é uma das decisões mais difíceis e dolorosas que existem. Mesmo assim, mais vale a dor advinda de um distanciamento sadio que a falsa e humilhada alegria de permanecer num lugar onde  já  não somos bem-vindos.
Temos que entender que merecemos um amor recíproco, inteiro, companheiro, verdadeiro, e quem se submete a amores menores e unilaterais acredita que é merecedor de pouca coisa, que são afetos rasos e parciais. Por isso é tão importante discernir onde se deve ou não permanecer. Por isso é essencial descobrir a hora de fazer as malas e deixar de prorrogar a nossa presença onde não somos mais considerados convidados especiais.
Quem nos quer, trata-nos  como convidada especial. Quem nos deseja, acolhe-nos com alegria e satisfação. Quem nos admira, tem brilho nos olhos quando nos vê chegar. Pequenos gestos nos dão pistas de onde devemos ou não permanecer. Pequenas atitudes nos ajudam a discernir se é chegada a hora de partir. Pois como diz a letra da música “You’ve got to learn”, de Nina Simone, “Você tem de aprender a sair da mesa quando o amor já não está sendo servido…” 
(…)
Uma verdade nua e crua, que custa, acredito que sim mas, é isto mesmo…. E agora pergunto; haverão muitas pessoas que têm maneira de fazer esta situação acontecer? Será que conseguem? Estas palavras que aqui estão escritas servem para todos os relacionamentos, tanto de amizades como cônjuges, para todos os lugares onde estejamos, homens e mulheres. Penso que esta realidade nem sempre cumprida ou não apercebida na devida altura por algumas pessoas, é muito importante , como diz o ditado “ vale mais ser desejada do que aborrecida”.
Por conseguinte, devemos de estar sempre atentos ao mais pequeno pormenor naquilo que nos rodeia, quem nos rodeia e, onde estamos inseridos e, ter o discernimento de percebermos quando estamos a mais em qualquer dos lugares. Penso eu não ser difícil, talvez esta minha opinião tenha a ver com a faixa etária, sentido de observação, o tal 6º sentido que tanto falam, perspicácia, não sei deve ser tudo junto, será?  Seja o que for sugiro que tenham em conta tudo o que leram. Já não digo a minha opinião que vale o que vale , mas de quem escreveu o artigo.
Este é um assunto que tem pano para mangas …




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