segunda-feira, 23 de junho de 2014

Charles Darwin - A sua vida e Obra.

 
 
Resumo e obra de Charles Darwin
 
 
Charles Darwin nasceu em 1809 na cidade de Sherwsburry, em Inglaterra. O seu pai, Robert Waring Darwin era médico e religioso devoto. Assim sendo, Darwin foi guiado para a profissão de médico, tendo mesmo frequentado a Universidade de Endiburgh para estudar medicina. Porém, veio a compreender que essa profissão não era para ele, e assim, de novo guiado por influência do pai, foi para Cambridge a fim de estudar Teologia.

Em Cambridge, como em Endiburgh, Charles não foi nenhum prodígio, pois a sua verdadeira paixão era a Ciência e História Natural.
Foi Henslow (botânico e professor em Cambridge), amigo de Darwin quem de facto lhe indicou o seu verdadeiro caminho de cientista. Foi ele quem conseguiu para Darwin um lugar no H.M.S. Beagle, navio a bordo do qual Darwin iria acumular as provas que formariam o alicerce da sua teoria. O seu pai, que não reagiu bem a essa expedição e chegou mesmo a proibi-lo de embarcar, acabou por ceder diante da intervenção do tio de Charles, Josiah Wedwood.

Assim, dois dias após o Natal de 1831, Charles Darwin, com apenas um diploma de Teologia, zarpou como naturalista do Beagle, numa viagem de 5 anos ao redor do Mundo. A viagem levou Darwin primeiro às ilhas de Cabo Verde, depois para a América do Sul, onde visitou muitos lugares ao longo da costa, depois para a Nova Zelândia e Austrália, via Ilhas Galápagos, entre outros variados locais, tendo regressado de novo para a terra natal, em 1836.

Durante a viagem, Darwin passou períodos de doença, mas onde quer que o navio passasse, ele colectava rochas, fósseis, aves, insectos e também animais de grande porte.
Para Darwin, a parte mais importante de toda a viagem e até talvez mesmo de toda a sua vida, foram as quatro semanas que ele passou explorando as Ilhas Galápagos, arquipélago isolado no Pacífico, a algumas centenas de quilómetros a oeste do Equador. Aí, ele anotou que cada ilha parecia ter o seu tipo de tentilhão. Mais do que isso, diferentes nichos ecológicos, numa mesma ilha eram com frequência habitados por tentilhões diferentes e estes sem dúvida procediam de um tronco comum.

Darwin chegou à Inglaterra convicto que as espécies não eram imutáveis, mas sim susceptíveis a transformações.
Quinze meses após ter iniciado as anotações para a transmutação das espécies (The Trasmutation of Species, 1837), ele estava mais do que nunca convencido que as espécies mudavam na realidade, embora continuasse sem perceber como a selecção poderia ser aplicada a organismos que vivem na natureza. A certeza viria quando lendo “para se distrair” o livro sobre a população de Thomas Malthus (1766-1834), que afirmava que as populações tendem a crescer em proporção geométrica, salvo se forem impedidas, Darwin se apercebeu que as alterações que favoreciam um indivíduo permitir-lhes-iam prosperar, quando comparado com outros não possuidores dessas novas propriedades. Assim, as populações de animais com tais mutações floresciam, enquanto aquelas com características menos vantajosas declinavam.

Só em 1842 é que Darwin escreveu um pequeno resumo, com cerca de 35 páginas, sobre a sua teoria. Seguiu-se dois anos depois uma versão ampliada com cerca de 230 páginas.

Em meados de 1856, pressionado pelos seus amigos, Charles Lyell e Joseph Hooker, Darwin iniciou um tratado científico a que deu o nome de Selecção Natural. Dois anos depois tinha completado dez capítulos e estava bem avançado no décimo primeiro, quando em 8 de Junho de 1858, recebeu uma carta que abalou todos os seus planos. Era do naturalista Alfred Russel Wallace, que sabia do interesse de Darwin sobre a evolução. Em Fevereiro desse ano, durante uma expedição à Ilha de Ternate, nas Molucas, entre a Nova Guiné e Bornéu, Wallace tinha estado acamado e tinha estado a pensar sobre o problema de como as espécies se transformariam. Também ele tinha lido Malthus e estava deslumbrado com aquela teoria. As suas ideias eram paralelas às de Darwin. Com isso, concretizava-se agora o que tinham temido e expressado dois anos antes Lyell e Hooker, isto é, que outra pessoa chegasse à teoria da seleção natural antes que Darwin publicasse a dele.
Em virtude do ensaio paralelo de Wallace, Darwin seria forçado a escrever o livro, por tanto tempo adiado, que foi feito no prazo de quinze meses.

Em «A Variação nos Animais e nas Plantas Domésticas», publicado em 1868, Charles Darwin aprofunda os argumentos do seu primeiro livro. Encorajado pelo seu êxito, publica em 1871, « A Descendência do Homem», e depois a «A Expressão das Emoções no Homem e nos Animais» , em 1872.
Quando morre, em 1882, a glória de Darwin é de tal forma que é enterrado ao lado de Newton, na Abadia de Westminister, em Inglaterra.


(A partir daqui foi a parte que partilhei no facebook, é natural que se repitam algumas frases . )

ESTA GRANDEZA DE VISÃO !!!
De acordo com a teoria de evolução formulada por Darwin, as espécies não são imutáveis, antes evoluem lentamente ao longo do tempo. O processo de evolução é também um processo de diversificação, pelo que as várias formas de vida na Terra - árvores, escaravelhos, ou baleias - descendem de antepassados comuns a todas. Segundo a teoria de evolução, a fina e detalhada adaptação de cada organismo a formas específicas de vida resulta de um processo adaptativo guiado pela selecção natural e não resulta de qualquer inspiração divina. Darwin não questionou a existência de uma entidade divina, mas sim a sua intervenção no processo de diversificação da vida, negando a origem separada de todas as espécies e propondo uma origem comum. A revolução molecular do final do século XX veio trazer a prova definitiva da justeza das suas ideias. Todas as espécies, das bactérias aos fungos ou aos seres humanos, possuem um mesmo mecanismo de conservação e transmissão de informação. Quanto mais próximas evolutivamente são duas espécies mais semelhante é o seu DNA, o que permite fazer uma cartografia de reconstituição da história da vida na Terra exclusivamente a partir da informação genética. O livro da vida é uma espécie de registo da evolução dos últimos três mil milhões de anos.

Aconselho vivamente a quem ainda não leio estas três obras de Charles Darwin, principalmente aos mais jovens, porque são obras muito importantes mas a compreensão da nossa evolução e de várias situações/ assuntos/curiosidades que nos passam ao lado.

A Origem das Espécies;
A Descendência do Homem e Seleção em Relação ao Sexo;
A Expressão da Emoção em Homens e Animais;

Uma pequena nota:
A resposta a uma pergunta que lhe foi feita após um fatalismo ( a morta de uma filha ) A minha visão acerca da religião é que não sou ateu no sentido de negar a existência de Deus, considero-me muito mais um agnóstico… e, muitas vezes ponho em dúvida Deus como benevolente !!!
(Assino por baixo!!!!! Para mim também considero que o agnosticismo para o espírito humano é incompetente para conhecer o absoluto, isto digo eu…. )

“Não há diferença fundamental entre o Homem e os animais nas suas faculdades mentais(...) Os animais, como o Homem, demonstram sentir prazer, dor, felicidade e sofrimento”.
Charles Darwin

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