Já que estamos no Carnaval, falemos de máscaras.
As máscaras são utilizadas para diversos fins. Esse hábito já vem de muitos
anos e varia de acordo com a cultura e a religiosidade de um povo. Os
contadores de histórias usavam as máscaras para dar mais vida às suas
narrativas. Em muitas civilizações, as máscaras desempenham um papel espiritual
em rituais sagrados, como em África, por exemplo. No Egito Antigo, eram
colocadas máscaras enfeitadas com pedras preciosas nas múmias antes de serem enterradas.
As máscaras também têm características
simbólicas. Os esquimós acreditavam na
dupla vida de cada ser, de um lado humano, de outro animal. E é nessa história
que eu apanho a boleia para falar sobre a falsidade do ser humano.
Até que ponto as dissimulações humanas são
suportadas por máscaras? Não adianta
usar uma máscara se não for um “bom folião” ou um bom actor, porque quem costuma usar uma máscara
penso eu, que em pouco tempo se desprende e se revela a verdadeira identidade
do manipulador. Mas a máscara nunca actua sozinha. A alma que tenta dominá-la
traz consigo o cheiro revelador da verdadeira intenção do manipulador. Pode ser
um cheiro doce e suave, que nos transporta além das fronteiras da nossa
realidade, mas também pode ser mais o acre,
impregnando as nossas narinas que nos
conduz a uma repulsa sobrecomum.
Isso então é inconfundível. ...
Não gosto de puritanismos. Sei que essa
qualidade é surreal. Pois todos nós, por necessidade à sobrevivência, temos a
nossa máscara escondida na manga. Mas cá p’ra mim, há pessoas que se esquecem
de tira-la, acabando por se esconder atrás dela durante anos, fazendo-se
passar por bons samaritanos em prol dos
seus interesses egoístas e mesquinhos é horrível quando isso acontece. Assim, para
aquela gente que anda mascarada o ano inteiro; formulo daqui um pequeno lembrete: depois da “ folia de anos”,
tirem a máscara, porque um dia ela vai cair ! a máscara cairá de certeza
absoluta nem que seja de “podre” aproveitem a época e tirem-na já !!! estamos
no Carnaval !!!!
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