terça-feira, 6 de março de 2012

A correr atrás de si própria !!



Penso que, muitas das vezes viver sozinha/o nos dias de hoje é uma opção pessoal e não a falta de “uma qualquer coisa “.

Quando uma pessoa descobre que não precisa de protector ou de um sustentador, após sair de casa dos pais, de um divórcio ou separação e até mesmo quando fica viúva/o, e percebe que pode ter o comando da sua própria vida. Ora Isso é óptimo.

Estar só, dentro deste contexto, pode significar que chegou o seu momento, onde poderá decidir se pretender ter ou não um outro companheiro/a, porque a diferença impressionante dos tempos de antigamente para os actuais, e agora vou-me referir principalmente às mulheres, é que, uma mulher bem resolvida sabe que não precisa de um homem a tiracolo para ter o seu lugar no mundo. Ela própria tem e faz o seu lugar, bem como o seu status social.

O facto da ela estar sozinha não implica a conjuntura do tempo de duração, mas sim o aspecto emocional. Porque tanto a mulher como o homem, quando inteiros, podem escolher ter um companheiro(a) de percurso autêntico, que não se reduza apenas a uma linha cruzada de vidas recíprocas que se reflecte confuso nas necessidades pessoais de cada um.

Não me vou esquecer da solidão involuntária, aquela aquando num relacionamento de anos, algo abrupto e inexorável acontece e a mulher se encontra só.

Como fazer então? talvez um dos primeiros passos será e entender o quanto de si mesma estava no parceiro e aos poucos ir buscar “ os pedaços que foram dados” ou seja resgatar os pedaços cedidos e parar para pensar sobre o quanto vivia para essa mesma relação, e por fim conhecer a sua própria identidade independente independentemente do relacionamento. Não é que seja fácil esse caminho, requer muito cuidado e principalmente muito amor-próprio por si mesma. ( um sentimento confuso, amor próprio e pena! ) Teoria não falta, pôr em prática torna-se mais dificíl….

E alguém disse um dia …



( … ) a solidão involuntária, seja qual for o motivo, é óptima para que um desenvolvimento interior mais profundo aconteça. Pode até ser um ponto de partida em que novas habilidades surjam e até uma preparação, dependendo da situação de vida, para que a mulher reveja o que deseja num próximo relacionamento.

Não devemos desprezar as mudanças de vida, elas abrem espaço para que o autoconhecimento se instale de forma a dinamizar a clareza e em determinados casos, para que uma maior depressão não se instale. Mas, se a mulher tem a sua identidade construída no outro, ficar só repentinamente pode ser desastroso. Equilibrar-se novamente requer o seu tempo e a necessidade de apoio e ajuda dos amigos.”



Penso que os momentos de solidão voluntária ou involuntária são extremamente importantes para que possamos dar significados a nós próprias, porém nunca em excesso, mas aqui não tenho dúvidas que é um bom caminho para levar a pessoa a conhecer melhor a si própria.
Reaprender a beneficiar dos caminhos da capacidade e segurança de nós próprios, sem retrocessos, é algo de importante para qualquer ser humano .

E agora como curiosidade …


Nos tempos primitivos, a mulher era muito reverenciada em todos os tempos de sua vivência, fazendo parte da crença popular, que quando menstruada, frequentemente deixava escoar o seu sangue sobre a terra, para que a sua força pudesse arar dando boa colheita. Quando grávida, a mesma força do seu sangue servia para alimentar o bebé que estava a ser gerado no seu útero. E finalmente na menopausa, o seu sangue e poder permaneciam definitivamente com ela, tornando-a por consequência a velha sábia a quem todos respeitavam e pediam conselhos… ( lindo!!! )



Cabe a nós, mulheres do século XXI, resgatar nossas raízes. Sozinhas ou não, nós devemos encontrar a força primordial. Só não devemos ficar paradas. Ousemos, busquemos e conquistemos em cada dia o nome tão belo de se ser MULHER.

Sem comentários:

Enviar um comentário