quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Duas, três,quatro mulheres dentro de mim ...




Duas mulheres dentro de mim…
às vezes três,
quatro, cinco, seis...
talvez seja uma por mês
diversifico-me...
existem momentos em que dou um grito
existe outros em que vivo um conflito
apresento ao mundo a minha dor
em outros momentos, só consigo falar de amor
romântica
melodramática
imóvel
chorosa ou nervosa
carente ou decadente
vingativa ou inconsequente ...
é nestes momentos em que eu não me apercebo
e transformo-me numa mulher cheia de medos
cheia de reservas
coberta de sutilezas
muito séria e sem defesas ...
sou assim
várias de mim
sorrisos por fora, angústias a toda hora
por dentro um tormento
no rosto nem um único sofrimento ...
no corpo uma explosão de prazer
nos olhos, deixo o meu desejo se perceber,
o melhor é ninguém me conhecer
e fiquem apenas com as minhas palavras...
Na vida real sou por vezes complicada
sou uma em mil,
e quem tentou, descobriu
que viver ao meu lado
é viver dentro de um campo minado
que pode explodir a qualquer momento
mas sente-se segurança,
e quem esteve nele
Nunca se quis ir embora ...

Achei graça a este encadeamento de palavras e penso que esta pessoa, também posso ser eu!!
Estas palavras pertencem a uma senhora chamada Marlene e grafismo é de Alberto Vargas.

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