sexta-feira, 10 de julho de 2015

"É tanta a hipocrisia, tanta gente vazia, tanto assunto inútil, que ando com preguiça de conhecer pessoas…"




"É tanta a hipocrisia, tanta gente vazia, tanto assunto inútil, que ando com preguiça de conhecer pessoas…"

Tati Bernardi


Eu estou em crise. Assim como a economia europeia … Em épocas assim, as pessoas perguntam o que está a acontecer, mas não existe qualquer perspectiva de melhora. Contando a mesma história a várias pessoas muita gente e passando a vida a limpo, numa espécie de sessão de terapia contínua, o resultado é bastante confuso  para mim: não percebi o que estava acontecendo? Errei? Não me controlei? Não sou imã pessoa idónea  o suficiente?
De todo esse período, venho sistematizando algumas ideias, que vão contra a corrente dos livros de auto-ajuda, mas que me parecem mais atadas à minha realidade do que pregam os conhecedores do auto-controle e das “vidas bem resolvidas”  Eu não espero que concordem com todas – nem mesmo com uma delas. O objectivo deste texto,  é compartilhar pensamentos e propor reflexões. Certo ou errado são meus…..

Então é assim; estes clichés que andamos sempre a ouvir …….

“É preciso ser forte”: como me dizem sempre, mas se calhar o que eu quero é ser fraca. Chorar,  desabafar fazem parte das rotinas humanas e não é vergonha nenhuma dizer que a dor está muito forte e que é muito difícil de segurar. Deixar lágrimas escorrerem em público, querer passar um dia triste, sentir que estou sem chão naquele momento penso que não fazem de ninguem uma pessoa frágil e que não agradece pelos inúmeros momentos de felicidade que vive. Do mesmo jeito que o corpo dá sinais de alerta, com dores, para nos dizer que há algo está errado, a nossa mente e as nossas emoções mostram que há alturas muito complicados na vida. E, assim como no físico, não há cura para tudo – mas também há sempre algo que ajuda a diminuir o peso. Em todos os casos, parte-se para encontrar tratamento – e ser firme nele, até aos últimos recursos,é sempre possível.

“Viver não é complicado. Somos nós que complicamos a vida”:  Mas não seu bem se esta de sermos nós a complicar a vida, já acreditei mais nosso!!!!. Viver é complicado, é verdade,  amar alguém, e ser amado por ela,(pessoa)  não torna as relações fáceis.
Escolher uma profissão e gostar do que faz não evita que queiramos “esparvalhar” às vezes. Gostar muito dos filhos não anula erros na sua criação, ou seja no seu desenvolvimento.  Ver os pais e avós morrendo, seguindo a trajetória natural da vida, não torna a separação menos sofrida. Somos bichos complicados, inseguros, com medo de fazer escolhas erradas, traumatizados pelos eventos do passado.

E por acaso isso dá o direito a alguem, de ferir, ofender, distorcer, recuar, mudar, mentir e fazer tudo isto  tantas vezes quantas forem necessárias no meio do caminho da outra pessoa? Pedir desculpas não vai adiantar, mas também mal não irá fazer. Dizer que aquilo serviu de “aprendizado” para não fazer de novo é meia verdade, porque  podemos errar novamente – “ como meia verdade”, isso também tem, obviamente, seu lado genuíno. Enfim para muita gente dizer que errou é muito complicado , pelo tal defeito de inteligência, que é a estupidez. Realmente viver é complicado !!!

“Seja firme nas suas decisões”: não sei se acontece com todos, mas quantas vezes eu tenho a certeza e depois apanho uma desilusão como por exemplo, no comer quando vou ao restaurante, peço uma comida que me parece boa e depois, apercebi-me que me enganei…. Seria óptimo se longos momentos de reflexão garantissem a decisão mais acertada, mas, se isso não é assim nem com a comida, é igual  com as emoções, com as relações, com os gostos. Eu encontro ou encontrei na minha vida algumas certezas: gosto de algumas pessoas, aprecio fazer determinadas coisas, quero cumprir certos objectivos. São pontos que não têm mudado com o tempo, mas, para continuarem assim, elas precisam ser cultivadas a cada novo dia. Então, eu não sou firme com as minhas decisões: eu  repito-as todos os dias dia. Entendem a diferença?

“Mantenha o auto-controle”: adoraria ser capaz disso, o tempo todo. Se alguém o consegue os meus parabéns, eu nâo. Eu ando sempre em busca de mais, tentando sempre evoluir, e nesses períodos críticos passo por várias situações em que me apetece enfiar em qualquer sitio e esperar que o desespero passe antes que me dê uma travadinha e fazer alguma parvoíce coisa. Estou quotidianamente em buscas par melhorar nesse sentido, mas confesso que retrocedo várias vezes ou cometo o mesmo erro outras tantas vezes, ainda que eu reflita, pinte, ,leia, coza, descosa etc… Se houver algum ser humano que consiga nunca dar uma resposta mais seca;  ou mesmo nunca hesitar em dizer o que tem de ser dito no momento, por favor, fico à espera que me ensine. Se houver um modo mais fácil de “ser humano”, imperfeito, emotivo, confuso ( por vezes)  e inseguro,( por vezes ) serei a primeira a ir atrás dele sem ela dar por isso. No momento, apenas sigo sendo humana, ciente do que é sê-lo, mas sem a certeza de que conheço tudo da minha própria humanidade. Ou seja neste momento não conheço o ser humano, mas sim pessoas como o Luís diz e muito bem, só te dás com “pessoas” ….. ( só nós dois é que sabemos do que acabei de escrever!!!!! )
Mesmo assim, dizendo ou escrevendo tudo isto, “estas fraquezas” com que eu lido diariamente, consigo mostrar o contrário, bem disposta, com  


Um “Curso” que ando atirar há uns tempos,  relativamente a muita coisa que acabei de escrever,  Saber dizer não, não pensar nos outros e preocupar-me mais comigo, auto-controles , não acreditar nos outros logo à primeira e uma série de coisas que eu sei, aplico-as por vezes, mas lamento dizer isto, teoria tenho muita, mas a prática deixo muito a desejar , portanto isto nasceu comigo eu sou assim e só à marretada na cabeça   e , dessa maneira talvez lá chegue…… 

Sem comentários:

Enviar um comentário