terça-feira, 27 de setembro de 2011

Tamara de Lempicka, uma mulher de quem eu gosto .....


Beautiful, Rafael-Big



Kizette na Varanda, 1927 - óleo s/madeira



Auto-retrato, 1925 - óleo s/ tela





Le jeune fille vert, 1929





Dormeuse, 1931



Kizette Sleeping, 1934



Madame Boucard, 1931



Suzy Dolidor, 1933

Hoje apetece-me falar de Tamara de Lempicka . ....

A primeira vez que vi um “quadro” seu, foi no meu atelier; existe um quadro de cortiça, onde se colocam, fotografias, flayers e várias outras coisas, como recortes por exemplo, a fim de nos chamar a atenção para eventos que vão decorrendo durante o ano; confesso que por vezes já nem olho, porque sei mais ou menos tudo o que se vai passar, mas, há uns tempos, quando olhei para ver se havia novidades na dito quadro, os meus olhos fixaram-se numa imagem, imagem essa que já se encontrava lá há muito tempo, mas naquele dia tocou-me não sei porquê, olhei, olhei com muita atenção e fiquei muito curiosa, gostei muito .Como acontece sempre, que se vê uma coisa pela primeira vez, parece que logo de seguida ela aparece-nos novamente no nosso dia dia é como se nossos olhos estivessem fechados e depois vêem um turbilhão de imagens de um mesmo objecto. Será percepção ?
Então, fui para casa pesquisar a vida e obra desta senhora, que me fascinou logo, passei a ver com frequência, e ao pormenor as suas obras; os traços meio quadrados, meio cubistas, as bocas vermelhas das mulheres, a atmosfera de luxo e nobreza impressas em suas obras são perfeitas, as expressões, a beleza, o toque o ar que ela põe em tudo chama muito a atenção.
Os cachos dos cabelos das mulheres, os seus chapéus, aquele charme maravilhoso de que eu tanto gosto, a sedução expressa nas caras, meu Deus, tanta beleza no seu traço, “estilo” ( Art Deco ).
A intensidade com que o sexo, o corpo de homens e mulheres aparecem nas obras de Tamara impressiona-me de certo modo para os parâmetros do tempo em que ela viveu.
Tâmara, Maria de nome próprio, nasceu na Polônia, em 16 de Maio de 1896 ( touro.). Nascida de uma família rica e proeminente era filha de um advogado importante e de uma socialité. Mas foi em Paris que ela viveu o auge da sua vida e carreira. Bonita mas ao mesmo tempo de uma beleza fria e perturbadora, independente, uma explosão de mulher. Frequentava os salões de Paris e era declaradamente bissexual, escandalizando a sociedade da época … Tamara tornou-se uma diva. A marca de cosméticos Revlon lançou na época um baton com seu nome. Mostras, exposições e os media consagraram Tamara. Em 1925 ela pinta sua obra icónica o seu auto-retrato ( Tâmara no Bougati Verde), para uma capa de revista. Em 1927 ganha o 1º prémio na Exposição Internacional de Belas Artes, em França com o retrato de sua filha “Kizette na Varanda”.
Divorcia-se e logo após o divórcio, Tamara casa novamente, com um barão mudando-se para a Califórnia onde frequenta o jet set hollywoodiano já numa uma fase de depressão. Em 1941 consegue tirar a filha Kizette de Paris (ocupada pelos nazis) ( via Lisboa) e promove uma mostra de pintura em New York que foi um grande fracasso.
Adoptou um novo estilo, e começa a pintar naturezas mortas, usa espátulas em vez de pincéis e mais uma vez o seu trabalho não é bem recebido ( 1962) e aí retira-se como profissional.
Tamara morreu enquanto dormia em 1980 mas deixou uma série de obras a apaixonantes, sensuais e estimulantes que certamente a imortalizam.



Fonte do texto e obras net

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