O amor através dos sentidos

Um carinho sempre cai sempre bem, não importa o quanto possa ser inoportuna a ocasião…inesperado, o carinho é sedutor! É uma grata surpresa a qualquer hora do dia. Reconfortante, estimulante e consolador.

28-04-2018 | Maria Dulce Horta

Maria Dulce Horta

Uma rápida troca de olhares pode expressar cumplicidade. É carinho, sem dúvida! Um roçar de pele, um simples e rápido encostar com a ponta dos dedos, são formas carinhosas de dizer “coisas bonitas”…
O amor escondido, disfarçado, comedido também precisa de toque. Por mais virtual que seja o romance, nada nunca substituirá um beijo na boca, com troca de sabores e saliva. Línguas que, ao se tocarem, assinalam a existência da paixão!
Amor tem que ter gosto! E cheiro…
O amor precisa ser experimentado com todos os sentidos. E concretizado fisicamente. O sexo faz parte do amor! Não é essencial, mas é muito importante; e como numa escada, degrau a degrau, precisa ser vivenciado gradualmente…
Conheci pessoas que resolveram começar pelo sexo. Depois, talvez, virasse amor. Não virou! Conheci outras que se aproximaram pelo físico…mas, como nem só de físico vive o homem, o relacionamento também não foi para frente!
Amor tem que ter a ver com o todo: a pele, o sorriso, o olhar. Tem que ter a ver com afinidade, com respeito mútuo, com cabeça, tem que ter a ver com cumplicidade, com vontade de se dar, com sentimento. O amor tem que ter, obrigatoriamente, a ver com troca!
Tem a ver em ver o outro de outra maneira! Tem a ver com querer!
O amor tem som e precisa que seja dito, para ser escutado. Está nas melodias das canções. Está na voz do ser amado. Está nas palavras pronunciadas e repetidas, repetidas, repetidas…
Eu te amo. Eu te amo. Eu te amo. Eu te amo. Eu te amo. Eu te amo. Eu te amo. Eu te amo.
O amor está no gosto, no cheiro, no ouvir, no ver e no tocar a pessoa amada. E é assim que o percebemos. Mas somente dentro do nosso coração é que ele faz sua morada.
Que todo o amor venha para ficar!
Penso que este meu depoimento tão contundente assim e, cheio de sentimentos nobres, num momento em que o amor, esse perene de sempre, sobrevive sob conceitos e paradoxos da futilidade, mas eu quero trazê-lo de volta neste resgate humano, o instinto da união, do acasalamento, do desejo de corpo mas imbuído de alma, pois só assim vale a pena amar, com muito sentimento, com muito desejo da pessoa amada, para despertar a libido sem se tocar e depois fazer carícias, soltar lentamente as amarras do espartilho, sem pressa, com muita paixão, sem egoísmo, pois sexo é para dois mas para dois que se amam, sexo não deve ser feito com um pedaço de carne, sexo deve ser “ dadivoso” no tempo de cada um pois, sendo assim será eterno de plenitude para nos fazer realmente felizes e, morrer por esse amor! Eu penso assim, é uma opinião acerca do amor, que vale o que vale.
Vivam o amor e a vida. E assim escrevi o que me ia na alma…