E hoje o meu pensamento é…..
viver de aparências ….
Penso que, quando se vive neste contexto o padrão de vida
da pessoa cabe dentro de um bolso…
Cada dia se encontram mais pessoas que trocam o "ser" e o "ter"
pelo "parecer". Viver uma vida de aparências nunca foi tão fácil e
rápido como agora. Manter um padrão de consumo elevado, mesmo sem poder, se
tornou um objetivo e um estilo de vida …..
Uma opinião…
O padrão de vida que algumas pessoas levam hoje é fruto de escolhas feitas ontem. E
para desfrutar de um padrão melhor amanhã, precisa de começar a fazer alguma
coisa agora. Como observadora o que vejo é ; pessoas que estão satisfeitas com o padrão de
vida que possuem e as insatisfeitas, aquelas que vivem um padrão de vida baixo
que estão totalmente satisfeitas com sua condição, sabem que poderiam elevar o seu
padrão, mas acreditam não compensar o esforço, já que tudo tem um preço….
E, não existe problema algum quando escolhemos e aceitamos o nosso padrão
de vida em consciência, o problema está entre os insatisfeitos, e algumas vezes
deparo com aqueles que têm um elevado
padrão de vida que se sentem insatisfeitos, sempre à procura de mais e mais, como diz o ditado popular “ quem mais tem mais
quer “.
Na minha opinião, os insatisfeitos se dividem em dois grupos: Os que trabalhão para mudar a sua
condição; e os que encontram ou
incontraram um atalho. "Vivem de aparências".
Este último grupo está a crescer, acho que, nunca se viveu tanto de
aparência como agora. As redes sociais tornaram-se numa a vitrine e o crédito fácil o meio, a plateia
é fundamental e o crédito permite antecipar a realidade, deixando a conta para depois….. o padrão de vida de cada um interfere diretamente na sua qualidade de vida, já que
este é um importante componente da mesma.
"Padrão ou nível de vida se refere à qualidade e
quantidade de bens e serviços disponíveis a uma pessoa ou a uma população
inteira. O padrão de vida é o componente material da qualidade de vida de cada
um."
Viver de aparências é uma opção feita por muitos. Já está a
tornar-se um "padrão de comportamento", basta observar o dito comportamento de alguns “ amigos” nas redes
sociais e não só. A satisfação é ilusória e passageira. Aparentar viver um padrão
de vida acima da própria realidade, já se tornou um hábito difícil de evitar.
Existem vínculos de amizade e relacionamentos que são construídos em torno das
aparências, não tenho dúvida alguma.
Ser, Ter ou Parecer?
Somos bombardeados diáriamente em vários locais, na vendem sonhos, ilusões, aparências e sofisticações
que podem ser obtidos em suaves prestações. Aparentar tornou-se mais fácil do que “ser” ou “ter “.
Antigamente, este "antigamente", infelizmente já presente outra vez, "ser" uma pessoa importante era
fundamental para sua auto-estima e para sua aceitação social. Exemplo: Ser um
importante empresário, ser um grande médico, advogado ou ser um bom
profissional em qualquer área. Depois o "ter" se tornou tbm. muito
importante. Exemplo: Ter um bom carro, ter uma boa casa, ter boas roupas,
etc.
Gostava muito e lutei sempre por isso para que hoje em dia não se
precisasse de ser e muito menos ter. Os dois são muito demorados para se conquistar. E, não é assim, porque existe
um caminho mais fácil e rápido que é o “ parecer ter “e “ parecer ser “.
E, tudo bem, o problema está na insustentabilidade da vida
baseada nas aparências. Muitas vezes os problemas vão-se refletir no
desequilíbrio financeiro familiar futuro. E isto impacta negativamente todos
nós. E quem não sofre deste mal, não se sente bem perante pessoas que agem
deste modo.
são os mecanismos utilizados por muitos para viver uma vida
de aparências e de ilusões.
E quando se começa, e
a experiência é positiva, torna-se um hábito
difícil de abandonar. Basta um pequeno imprevisto, que a falta de uma reserva
financeira leva a pessoa para uma situação crítica de descontrole financeiro
com consequências desastrosas.
Concluindo, todos sonhamos em ter uma casa melhor, um carro melhor,
poder pagar uma boa escola para os filhos, ter um bom seguro de saúde. poder
comprar roupas de boa qualidade, viajar, etc. Não existe nada errado em desejarmos
isto. Parte da sua qualidade de vida (eu disse só uma parte) depende dos
bens materiais e serviços que é capaz de comprar. Conforto e bem estar é um
desejo legítimo de todos. Só que o problema é que nem toda a gente aceita
que um padrão de vida elevado precisa de ser construído aos poucos, de forma
sólida e sustentável.
Existem pessoas que conseguem perceber a vantagem de manter
um padrão de vida simples.
Muito da sofisticação que buscamos na nossa vida, na verdade
nos limitam, nos viciam e nos escravizam. Muitos desejos de consumo que se tem, não são nossos, são colocados nas cabeças, pela sociedade de consumo e cada vez mais é só pensar um bocadinho e vêm que a razão está do meu lado. Temos é de se perceber, que gastamos muito tempo a trabalhar duramente por vezes para consumir coisas que
não são tão importantes como parecem. E, se pensarmos bem, não são os "penduricalhos " que precisa de amontoar para se sentir bem, consigo e com os outros, mas sim, o caráter, a atitude o modo como se relaciona, a humildade, saber os seus limites e o lugar que ocupa na sociedade e nunca tentar ultrapassar ninguém, o seu tempo se tiver que o ter ele chegará, os sentimentos e os afetos puros e quando se sentir satisfeito e feliz,
então partilhe com outros, diga que ama,
que gosta, ria, brinque, e de consciência
tranquila, pense que está cá neste mundo como é e nunca como “parece”.
Nunca viva de aparências, suba um degrau de cada vez, para
depois quando chegar ao topo, não se desequilibrar e dar uma queda… ninguém gosta
de ninguém que vive de ser , ter e parecer aquilo que não é.
maria dulce horta